Maravilhosa e magnífica Manú Albuquerque e Prestativo Phillipe.
Continuando nossa saga de entrevistar os componentes da Amigos do Samba, dessa vez encontramos nossa flor-maior, a Carnavalesca Manú Albuquerque e seu namorado, pela primeira vez trabalhando no carnaval, Phillipe, no lugar, o qual é o mais propício – o Barracão da escola de samba. Em meio a papéis, plumas, lápis de cor, e muita animação, nosso casal de carnavalescos virtuais, comparados ao grande casal Márcia Lávia e Renato Lage, envoltos em muito trabalho com os preparativos finais da escola, recebeu-nos para esta entrevista. Muita criatividade, companheirismo e, principalmente, muito amor de um pelo outro e pelo carnaval tomaram conta do ambiente. Acompanhem, agora, mais essa demonstração de amizade e capricho pelo samba e, quem sabe, revelações sobre o desfile da Amigos em 2008.
Vamos começar entrevistando a Manú, já tinha contato com escola de samba antes? Gostava de assistir aos desfiles na Sapucaí?
Nunca tive contato com escolas de samba. Tenho um grande sonho de desfilar, não apenas assistir. No dia que assistir serão as minhas fantasias e criações desfilando.
Como se deu seu contato com o mundo do samba real ou virtual?
Nunca tive ligação com o samba real, apenas pela tv. Mesmo assim não conhecia como hoje estou conhecendo. O virtual, conheci quando fui chamada para integrar a Amigos.
E só esse ano posso dizer que estou pegando o jeito.
Torce por alguma escola? Qual o melhor desfile pra você?
No virtual, torço pela Amigos, é claro. No real, pela Mangueira. Para mim, desfile real não dá para falar, porque não acompanhava, mas esse ano, pelo menos, o enredo foi muito especial. Morei em Recife muitos anos,
aprendi a dançar o frevo na escola e a melhor frevista do Brasil dançava na mesma rua, na qual ficava a padaria de meu pai. Ainda me lembro dos grupos nas ruas. Quase chorei ouvido o samba.
O que acha dos sambas de enredo atuais? Quais seus preferidos?
Os de 2009, eu sei quase nada, devido à correria da Amigos. Sei que vai ter um falando sobre o tambor. Achei interessante, faz o estilo dos enredos que gosto.
Sobre os antigos, deixa me lembrar. Ah sim, o único samba que decorei, antigo, foi o do Sílvio Santos. Na época não saiu da minha cabeça. Não é um grande samba, lindo, essas coisas, mas acho que todos gostaram. Parecia um vírus. Onde eu ia, sabiam cantar.
Já desenha há muito tempo? Como começou?
Já desenhava há muito tempo. Eu ficava muito só em casa, nunca fui de sair muito, então comecei a desenhar para me distrair. Tinha pelo menos uns sete anos quando comecei a rabiscar, aí foi crescendo a paixão pela arte e hoje é uma grande paixão.
Você é uma excelente artista. E a inspiração para desenhar? Surge com a vida, alguma temática específica?
Obrigada, mas estou aprendendo muito ainda. Não sei especificar de onde vem, mas é de dentro, mesmo que eu esteja copiando alguma coisa. Varia, porém, do meu humor: se estou alegre, o desenho também sai assim. Se estou apaixonada, desenho casais ou paro para desenhar o horizonte. Até os desenhos para Amigos se eu não tiver sentimento na hora, não sai de jeito nenhum.
E como é desenhar uma escola de samba virtual?
Nossa, isso foi uma das melhores coisas que me aconteceram desde que vim morar no rio. A Amigos é muito mais que uma escola de samba, é uma família. Além dos ótimos resumos que temos para desenhar, ter idéias, a união e a forma de pensar que nós da Amigos temos é muito parecida. Então é fácil trabalharmos juntos, as coisas saem fácil quando estamos reunidos. Viajamos muito e é assim que nossos desenhos saem, temos uma grande criatividade. Algumas pessoas nos chamam de loucos.
Nunca pensou em seguir uma carreira que tenha o desenho como base?
Sim, penso muito nisso. Antes queria trabalhar com desenhos animados animes, mas aqui no Brasil é muito difícil. Estaria disposta, mas gosto de estabilidade. Hoje meu grande sonho é trabalhar com escolas reais, de preferência com a Amigos do Samba.
Como tomou conhecimento e onde aprendeu a jogar RPG?
O primo de um amigo sabia jogar, estava querendo nos mostrar como era o jogo. Comecei a jogar com eles, com uns treze anos, meu primeiro foi o Vampiro, a máscara. Desde então não parei, além de ser legal para reunir os amigos. É engraçado, vicia, tem que saber jogar. E para quem estiver lendo essa entrevista: “jogar não é matar".
Como você definiria o RPG?
Um reencontro com a brincadeira, onde você é quem quiser ser, SEM MACHUCAR NINGUÉM, um teatro em casa, tem de tudo um pouco. Estratégia, interpretação, comédia, brincadeira, união alem de ser uma escola, pois aprendemos muito com cada aventura real e virtual que passamos juntos, o grupo. Por isso, achei uma ótima idéia falar sobre esse tema, é perfeito para a Amigos.
Sobre o enredo da Amigos para o carnaval 2008, uma grande aposta, RPG dá samba?
Mais do que isso, dá historia. Acho que vão se surpreender esse ano, pelo menos trabalhei para isso, mas sem detalhes, a minha resposta vai ser a do público. Jogo essa para eles.
O que esperar para o desfile de 2008?
Reconhecimento, não só para mim, mas para todos. E claro, todos esperam a vitória. Entretanto, ser reconhecida pelo meu trabalho será o maior troféu. Sinto que teremos uma ótima colocação esse ano. Todos estão trabalhando muito bem.
E como é trabalhar com o namorado no Carnaval?
Eu acho ótimo. Ele está como eu, há dois anos, aprendendo; um pouco por fora. Acredito, porém, que se divertindo.
Risos. No nosso último encontro, tivemos que ir pegar o presidente, pois ele não soube chegar no lugar. Perdeu-se no meio do caminho.
Desculpa Kfé (risos), mas a pergunta me obrigou a contar.
Phil sempre me ajudou em tudo, sempre bom ter ele por perto.
As idéias fluem melhor? Você dá uma idéia, ele dá outra? Como chegam ao resultado final?
Quanto mais cabeças, mais idéias. Um dá uma idéia, outro dá outra até chegarmos a uma única idéia. Dificilmente batemos cabeça no grupo. Às vezes eu bato o pé quando quero alguma coisa.
Agora passemos ao Phillipe, ou Phil, como a Manú, carinhosamente chama-o. Como está sendo essa experiência de trabalhar com uma escola de samba?
Bem divertida. Sempre gostei de desenhar. Já tem um tempo que vejo a Manú quebrando a cabeça para entregar desenhos em prazos em tudo mais, então resolvi ajudar.
Gosta de carnaval? Assiste desfile de escolas de samba?
Assistia quando era mais novo, por volta dos dez anos. Acho que por causa das cores e me “amarrava” nos carros alegóricos. Ainda mais quando vinha um tigre bem grande ou dragão, essas coisas, mas com o passar do tempo fui perdendo interesse, talvez por passar bem tarde.
Onde tomou conhecimento e aprendeu a jogar RPG?
Ah, isso faz parte da minha infância. Tenho um primo que é uns seis anos mais velho que eu e fui incluído na galera q jogava. Na primeira vez fui só para ver como era, mas acabei gostando e estou com o mesmo grupo desde os dez anos.
E gosta muito de jogar? o que sente?
Sim, gosto bastante. Sempre gostei de filmes de "Capa e Espada" e o estilo que jogamos sempre foi o estilo medieval. Acho divertido interpretar personagens e viver todas as situações dessa época.
Como é o trabalho criativo e o que serve de inspiração para montar a escola?
Boa parte das inspirações para os carros e para as fantasias eu e a Manú tiramos de situações que foram vivenciadas em jogo. Então boa parte da fase de criação foi fácil. O mais difícil mesmo foi transcrever isso em figuras que fossem compatíveis com a temática do carnaval.
Você e a Manú já jogaram RPG encenado? Ou só "tabuleiro" mesmo?
“To” levando a entrevista como um RPG. Respondendo sua pergunta, só de tabuleiro mesmo.O encenado é mais complicado e caro de se fazer. Se bem que RPG, em si, é uma encenação. Não é, por exemplo, como o WAR que você rola dados e olha um tabuleiro. De qualquer forma, você interpreta um personagem, mas nunca chegamos ao extremo de fazer armaduras de borracha e ficar dando vassouradas épicas uns nos outros.
Neste momento, a repórter diz ter adorado as vassouradas e que seria bom dar umas no Leandro Kfé, o presidente (risos).
Já Phil: “pobre coitado... Já sofre com a Manú”.
Repórter: “Ele merece”.
Phil, por fim: “Prefiro não comentar”.
Como é trabalhar junto com a namorada, fazendo o Carnaval?
Ainda não sou um fã vidrado no carnaval como o Kfé fez ela virar (Sim Kfé, você criou um monstrinho), mas está sendo divertido, porque da parte de idéias insanas, estou me saindo muito bem. De vez em quando pego a Manú cantando um samba do nada aqui em casa.
Repórter: “Tá vendo, o Kfé é o culpado, como sempre!”.
Phil: “Disso ele é mesmo”.
Já dá para pensar em parcerias futuras, seja no carnaval real ou em outros objetivos de vida?
Vamos começar entrevistando a Manú, já tinha contato com escola de samba antes? Gostava de assistir aos desfiles na Sapucaí?
Nunca tive contato com escolas de samba. Tenho um grande sonho de desfilar, não apenas assistir. No dia que assistir serão as minhas fantasias e criações desfilando.
Como se deu seu contato com o mundo do samba real ou virtual?
Nunca tive ligação com o samba real, apenas pela tv. Mesmo assim não conhecia como hoje estou conhecendo. O virtual, conheci quando fui chamada para integrar a Amigos.
E só esse ano posso dizer que estou pegando o jeito.
Torce por alguma escola? Qual o melhor desfile pra você?
No virtual, torço pela Amigos, é claro. No real, pela Mangueira. Para mim, desfile real não dá para falar, porque não acompanhava, mas esse ano, pelo menos, o enredo foi muito especial. Morei em Recife muitos anos,
aprendi a dançar o frevo na escola e a melhor frevista do Brasil dançava na mesma rua, na qual ficava a padaria de meu pai. Ainda me lembro dos grupos nas ruas. Quase chorei ouvido o samba.
O que acha dos sambas de enredo atuais? Quais seus preferidos?
Os de 2009, eu sei quase nada, devido à correria da Amigos. Sei que vai ter um falando sobre o tambor. Achei interessante, faz o estilo dos enredos que gosto.
Sobre os antigos, deixa me lembrar. Ah sim, o único samba que decorei, antigo, foi o do Sílvio Santos. Na época não saiu da minha cabeça. Não é um grande samba, lindo, essas coisas, mas acho que todos gostaram. Parecia um vírus. Onde eu ia, sabiam cantar.
Já desenha há muito tempo? Como começou?
Já desenhava há muito tempo. Eu ficava muito só em casa, nunca fui de sair muito, então comecei a desenhar para me distrair. Tinha pelo menos uns sete anos quando comecei a rabiscar, aí foi crescendo a paixão pela arte e hoje é uma grande paixão.
Você é uma excelente artista. E a inspiração para desenhar? Surge com a vida, alguma temática específica?
Obrigada, mas estou aprendendo muito ainda. Não sei especificar de onde vem, mas é de dentro, mesmo que eu esteja copiando alguma coisa. Varia, porém, do meu humor: se estou alegre, o desenho também sai assim. Se estou apaixonada, desenho casais ou paro para desenhar o horizonte. Até os desenhos para Amigos se eu não tiver sentimento na hora, não sai de jeito nenhum.
E como é desenhar uma escola de samba virtual?
Nossa, isso foi uma das melhores coisas que me aconteceram desde que vim morar no rio. A Amigos é muito mais que uma escola de samba, é uma família. Além dos ótimos resumos que temos para desenhar, ter idéias, a união e a forma de pensar que nós da Amigos temos é muito parecida. Então é fácil trabalharmos juntos, as coisas saem fácil quando estamos reunidos. Viajamos muito e é assim que nossos desenhos saem, temos uma grande criatividade. Algumas pessoas nos chamam de loucos.
Nunca pensou em seguir uma carreira que tenha o desenho como base?
Sim, penso muito nisso. Antes queria trabalhar com desenhos animados animes, mas aqui no Brasil é muito difícil. Estaria disposta, mas gosto de estabilidade. Hoje meu grande sonho é trabalhar com escolas reais, de preferência com a Amigos do Samba.
Como tomou conhecimento e onde aprendeu a jogar RPG?
O primo de um amigo sabia jogar, estava querendo nos mostrar como era o jogo. Comecei a jogar com eles, com uns treze anos, meu primeiro foi o Vampiro, a máscara. Desde então não parei, além de ser legal para reunir os amigos. É engraçado, vicia, tem que saber jogar. E para quem estiver lendo essa entrevista: “jogar não é matar".
Como você definiria o RPG?
Um reencontro com a brincadeira, onde você é quem quiser ser, SEM MACHUCAR NINGUÉM, um teatro em casa, tem de tudo um pouco. Estratégia, interpretação, comédia, brincadeira, união alem de ser uma escola, pois aprendemos muito com cada aventura real e virtual que passamos juntos, o grupo. Por isso, achei uma ótima idéia falar sobre esse tema, é perfeito para a Amigos.
Sobre o enredo da Amigos para o carnaval 2008, uma grande aposta, RPG dá samba?
Mais do que isso, dá historia. Acho que vão se surpreender esse ano, pelo menos trabalhei para isso, mas sem detalhes, a minha resposta vai ser a do público. Jogo essa para eles.
O que esperar para o desfile de 2008?
Reconhecimento, não só para mim, mas para todos. E claro, todos esperam a vitória. Entretanto, ser reconhecida pelo meu trabalho será o maior troféu. Sinto que teremos uma ótima colocação esse ano. Todos estão trabalhando muito bem.
E como é trabalhar com o namorado no Carnaval?
Eu acho ótimo. Ele está como eu, há dois anos, aprendendo; um pouco por fora. Acredito, porém, que se divertindo.
Risos. No nosso último encontro, tivemos que ir pegar o presidente, pois ele não soube chegar no lugar. Perdeu-se no meio do caminho.
Desculpa Kfé (risos), mas a pergunta me obrigou a contar.
Phil sempre me ajudou em tudo, sempre bom ter ele por perto.
As idéias fluem melhor? Você dá uma idéia, ele dá outra? Como chegam ao resultado final?
Quanto mais cabeças, mais idéias. Um dá uma idéia, outro dá outra até chegarmos a uma única idéia. Dificilmente batemos cabeça no grupo. Às vezes eu bato o pé quando quero alguma coisa.
Agora passemos ao Phillipe, ou Phil, como a Manú, carinhosamente chama-o. Como está sendo essa experiência de trabalhar com uma escola de samba?
Bem divertida. Sempre gostei de desenhar. Já tem um tempo que vejo a Manú quebrando a cabeça para entregar desenhos em prazos em tudo mais, então resolvi ajudar.
Gosta de carnaval? Assiste desfile de escolas de samba?
Assistia quando era mais novo, por volta dos dez anos. Acho que por causa das cores e me “amarrava” nos carros alegóricos. Ainda mais quando vinha um tigre bem grande ou dragão, essas coisas, mas com o passar do tempo fui perdendo interesse, talvez por passar bem tarde.
Onde tomou conhecimento e aprendeu a jogar RPG?
Ah, isso faz parte da minha infância. Tenho um primo que é uns seis anos mais velho que eu e fui incluído na galera q jogava. Na primeira vez fui só para ver como era, mas acabei gostando e estou com o mesmo grupo desde os dez anos.
E gosta muito de jogar? o que sente?
Sim, gosto bastante. Sempre gostei de filmes de "Capa e Espada" e o estilo que jogamos sempre foi o estilo medieval. Acho divertido interpretar personagens e viver todas as situações dessa época.
Como é o trabalho criativo e o que serve de inspiração para montar a escola?
Boa parte das inspirações para os carros e para as fantasias eu e a Manú tiramos de situações que foram vivenciadas em jogo. Então boa parte da fase de criação foi fácil. O mais difícil mesmo foi transcrever isso em figuras que fossem compatíveis com a temática do carnaval.
Você e a Manú já jogaram RPG encenado? Ou só "tabuleiro" mesmo?
“To” levando a entrevista como um RPG. Respondendo sua pergunta, só de tabuleiro mesmo.O encenado é mais complicado e caro de se fazer. Se bem que RPG, em si, é uma encenação. Não é, por exemplo, como o WAR que você rola dados e olha um tabuleiro. De qualquer forma, você interpreta um personagem, mas nunca chegamos ao extremo de fazer armaduras de borracha e ficar dando vassouradas épicas uns nos outros.
Neste momento, a repórter diz ter adorado as vassouradas e que seria bom dar umas no Leandro Kfé, o presidente (risos).
Já Phil: “pobre coitado... Já sofre com a Manú”.
Repórter: “Ele merece”.
Phil, por fim: “Prefiro não comentar”.
Como é trabalhar junto com a namorada, fazendo o Carnaval?
Ainda não sou um fã vidrado no carnaval como o Kfé fez ela virar (Sim Kfé, você criou um monstrinho), mas está sendo divertido, porque da parte de idéias insanas, estou me saindo muito bem. De vez em quando pego a Manú cantando um samba do nada aqui em casa.
Repórter: “Tá vendo, o Kfé é o culpado, como sempre!”.
Phil: “Disso ele é mesmo”.
Já dá para pensar em parcerias futuras, seja no carnaval real ou em outros objetivos de vida?
Bom, ela vive dizendo que quer ser jornalista, mas que se pudesse teria sua própria firma de publicidade (coisas nada a ver, eu sei) e eu quero trabalhar num fórum (vara pega muito mal). Se um dia, porém, montarmos um negócio juntos acho que daria sim, para trabalharmos juntos .
Como descreveria o mecanismo de jogo de RPG?
Vou tentar explicar de uma forma geral. O RPG em si, para começar, todo mundo que vai jogar tem que ter o mínimo de criatividade. Se for um RPG de mesa não dá para jogar sem imaginar as situações e os personagens. Para ajudar nisso, entra o Mestre, narrador, dungeon master, contador de historias, tem vários nomes. Ele é quem conta a história, impõe os desafios e tudo mais. A ficha de um personagem diz tudo o que ele pode fazer, seus atributos, tanto físicos como mentais, suas virtudes, seus defeitos. Os dados são meros instrumentos, pra dizer se suas ações foram bem ou mal sucedidas.
Acho que agora está melhor explicado.
Dentre os diversos estilos de jogos (sistemas) qual o que mais lhe agrada jogar?
Boa pergunta. Eu já disse que gosto mais do estilo medieval e o que mais atende a essa expectativa, hoje em dia é o clássico D&D. O que eu jogo mesmo é um sistema que vem passando por modificações há vários anos, que eu e meus amigos viemos criando.
E como é esse sistema de vocês? Mistura medieval com outro sistema?
Ele é todo ambientado na era medieval. Não tem nada de futurista mesmo. Incorporamos, todavia, coisas que não se veêm em outros sistemas. A base do sistema é o próprio D&D, mas com o passar do tempo fomos deixando ele mais realista, personagens menos super resistentes ou fortes como vemos em outros sistemas, mais humanos. E os monstros mais monstros.
Entao, o rpg permite uma criaçao eterna e os mesmos personagens em novas batalhas? Criação eterna?
Isso depende dos jogadores e do Mestre. No nosso caso (digo do grupo novo, de uns 4 ou 5 anos atrás) trocamos de personagens poucas vezes. O mestre pode adiantar a historia no tempo em 1 minuto ou em um século. Se os personagens vão resistir a isso, é ele quem diz. Vou tentar explicar melhor colocando um exemplo. Eu jogo com um samurai, que quando começamos a atual aventura, tinha 21 anos. Desde o início do jogo passaram-se três anos (que coincide com o quê vivemos aqui fora no mundo real). Isso fez que ele envelhecesse três anos. Se ele fosse um semi-deus (se o sistema permitisse isso), provavelmente não sentiria muita diferença, mas para um humano, faz muita.Caímos aqui na questão da interpretação.
Expectativas pro desfile! O que podemos esperar?
Muita fantasia bonita e colorida, uma reinvenção da idade média e muita explicação sobre o que é o RPG.
Voltando à Manú, Já dá para pensar em parcerias futuras, seja no carnaval real ou em outros objetivos de vida?
Sim, pretendo tentar fundar a amigos no carnaval real, não sei como ainda. Sei que todos estarão me apoiando, principalmente o Phil. É um projeto ambicioso, mas eu também sou. Gosto de pensar grande, o maior problema é chegar lá, mas isso com ajuda de amigos, conseguimos.
Como conheceram o Leandro Kfé e o Júnior Santana?
Estudei com o Júnior, não nos falávamos muito, mas ele quem me chamou, pouco depois de ter visto alguns desenhos meus. O Kfé, ainda me lembro do dia, o Júnior me levou no trabalho dele e nos apresentou. Até hoje, grandes amigos.
E o convite pra integrar a Amigos? Sente-se bem na escola?
Sabe quando nos sentimos em casa, no conforto do nosso sofá, comendo brigadeiro de panela, enquanto assistimos a um filme de comédia?
É assim que me sinto na Amigos.
O Júnior chegou para mim e falou sobre a escola, o que eles estavam fazendo. De início, não entendi muito. Aí, perguntaram se queria entrar para a escola e eu disse sim, mas não sabia muito bem o que era.
Acabou que o tempo passou e descobri que outro amigo nosso tinha entrado. Então deixei pra lá. Só que esse nosso amigo deixou eles na mão e com um mês para terminar, o Júnior, desacreditado e desesperado (como sempre – risos) chamou-me para ajudar. Aí sim, comecei de verdade na Amigos.
E a proposta da LIESV? É um grande projeto, que pensa a respeito?
Nossa, eu acho incrível. Acho que tem que ser mostrado mais, divulgado. Está crescendo muito e espero que cresça mais. Quem pensou nisso é um gênio, ou um louco, como nós.
Planos para o futuro?
Quero cursar publicidade e jornalismo. Ver minhas fantasias desfilando no carnaval real, conhecer o litoral brasileiro ao lado do Phil, de carro (na lua de mel) e tantas outras coisas. Tenho muitos sonhos, espero ter tempo para realizar todos eles.
Uma mensagem pra todos os componentes e fãs da Amigos do Samba.
Sonhem, vivam e não deixem as pequenas coisas estragarem as grandes que vocês poderiam ter. Humildade. O mundo hoje precisa ser mais humilde.
E só para acabar: "AMIGO DENTRO DO MEU PEITO VOCÊ HÁ DE ESTAR".
Encerrada a entrevista, em um clima mais do que agradável, onde podia-se notar a explosão da alegria e da felicidade do casal, em poder trabalhar no carnaval, descobrindo neste trabalho e ainda, mais nos jogos de RPG, uma verdadeira fonte de riqueza de conhecimento e cultura. Manú é uma pessoa brilhante, criativa, pessoa iluminada, que, com certeza faz o bem e o espalha por onde quer que passe, inclusive em todo seu trabalho. Phil, uma grande pessoa, sempre preocupado com o seu bem-estar e de sua namorada, inteligente, culto, conhecedor a fundo das regras do RPG e determinado a um futuro brilhante. Um grande casal, que se nota o amor e a cumplicidade de ambos, e, também, para com o compromisso, cujo excelente trabalho poderá ser conferido no desfile da escola, neste carnaval virtual de 2008, provando que todos os integrantes e componentes são verdadeiros Amigos do Samba.